Universidade pública de SP terá que encerrar cursos a distância, diz secretário – Educação Estadão

Universidade pública de SP terá que encerrar cursos a distância, diz secretário

A educação a distância tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, principalmente devido à sua flexibilidade e acessibilidade. No entanto, recentemente, a Universidade de São Paulo (USP), uma das mais renomadas instituições de ensino superior do país, anunciou que terá que encerrar alguns de seus cursos a distância. A decisão foi divulgada pelo secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, e tem gerado polêmica e preocupação entre os estudantes e profissionais da área. Neste artigo, vamos entender melhor os motivos por trás dessa decisão e suas possíveis consequências.

O que é a educação a distância?

Antes de discutirmos sobre o encerramento dos cursos a distância na USP, é importante entendermos o que é a educação a distância. Também conhecida como EAD, essa modalidade de ensino consiste em oferecer cursos e programas de formação à distância, ou seja, sem a necessidade de presença física em uma sala de aula. Isso é possível graças ao uso de tecnologias de comunicação, como a internet, que permitem a interação entre alunos e professores de forma virtual.

A EAD tem se popularizado no Brasil nos últimos anos, principalmente devido à sua flexibilidade de horários e locais de estudo, o que a torna uma opção atrativa para aqueles que trabalham ou têm outras responsabilidades que impedem a frequência em aulas presenciais. Além disso, a EAD também é vista como uma forma de democratizar o acesso à educação, já que permite que pessoas de diferentes regiões do país tenham acesso a cursos de instituições renomadas, como a USP.

Por que a USP terá que encerrar cursos a distância?

De acordo com o secretário de Educação, a USP terá que encerrar alguns de seus cursos a distância devido a uma decisão do Conselho Estadual de Educação (CEE). O CEE é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar o ensino no estado de São Paulo, e em 2018, emitiu uma resolução que proíbe a oferta de cursos de graduação e pós-graduação a distância por instituições públicas estaduais.

Essa resolução foi baseada em uma lei federal de 2017, que estabelece que apenas instituições de ensino privadas podem oferecer cursos a distância. Segundo o CEE, a USP não possui autorização para oferecer cursos a distância, já que é uma instituição pública. Além disso, a resolução também aponta que a USP não possui uma estrutura adequada para oferecer cursos a distância, como polos de apoio presencial e tutores para acompanhar os alunos.

Quais cursos serão afetados?

Ainda não há uma lista oficial dos cursos que serão encerrados, mas acredita-se que serão afetados principalmente os cursos de pós-graduação, já que a USP possui apenas um curso de graduação a distância, o de Licenciatura em Ciências. No entanto, a decisão do CEE também pode impactar outros programas de formação oferecidos pela universidade, como cursos de extensão e especialização.

Quais as consequências dessa decisão?

O encerramento dos cursos a distância na USP pode ter diversas consequências, tanto para a universidade quanto para os alunos. Uma das principais preocupações é com os estudantes que já estão matriculados nos cursos a distância e terão que interromper seus estudos. Além disso, a decisão também pode afetar a imagem da USP, que é conhecida por sua excelência acadêmica e agora terá que encerrar cursos por não estar em conformidade com a legislação.

Outra consequência é a limitação do acesso à educação, já que a USP é uma das poucas instituições públicas que oferecem cursos a distância no país. Com o encerramento desses cursos, muitas pessoas podem ficar sem opções de formação à distância, principalmente aquelas que não têm condições financeiras de arcar com os altos custos de uma instituição privada.

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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