Secretário afirma que licenciaturas a distância terão que ser fechadas em universidade pública online de SP

Secretário afirma que licenciaturas a distância terão que ser fechadas em universidade pública online de SP

A educação a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, principalmente com o avanço da tecnologia e a facilidade de acesso à internet. No entanto, essa modalidade de ensino ainda gera muitas discussões e debates, principalmente quando se trata de sua aplicação em universidades públicas. Recentemente, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que as licenciaturas a distância oferecidas pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) terão que ser fechadas.

A Univesp foi criada em 2012 com o objetivo de oferecer cursos de graduação e pós-graduação a distância, de forma gratuita, para atender a demanda de alunos que não conseguem ingressar em universidades públicas presenciais. Atualmente, a instituição oferece 18 cursos de licenciatura, com cerca de 50 mil alunos matriculados.

Segundo o secretário, a decisão de fechar as licenciaturas a distância na Univesp se deve ao fato de que esses cursos não atendem às necessidades e exigências da formação de professores. Ele afirma que a formação de professores deve ser presencial, com aulas práticas e estágios supervisionados, o que não é possível na modalidade a distância.

Discussões sobre a qualidade do ensino a distância

A decisão do secretário gerou muitas discussões e opiniões divergentes. Enquanto alguns concordam com a necessidade de uma formação presencial para os professores, outros defendem a qualidade do ensino a distância e a importância de oferecer oportunidades de acesso à educação para aqueles que não têm condições de frequentar uma universidade presencial.

De fato, a qualidade do ensino a distância é um tema que gera muitas controvérsias. Enquanto alguns defendem que a modalidade pode oferecer uma formação de qualidade, desde que bem estruturada e com acompanhamento adequado, outros acreditam que a falta de interação presencial e a ausência de práticas e estágios podem comprometer a formação dos alunos.

Além disso, há também a preocupação com a evasão escolar nos cursos a distância. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), a taxa de evasão nos cursos de graduação a distância é de 33%, enquanto nos cursos presenciais é de 20%. Isso pode ser um reflexo da falta de acompanhamento e interação entre alunos e professores na modalidade a distância.

Impactos para os alunos e para a Univesp

A decisão de fechar as licenciaturas a distância na Univesp terá impactos significativos para os alunos matriculados nos cursos. Muitos deles escolheram essa modalidade de ensino por questões de praticidade e acessibilidade, e agora terão que se adaptar a uma nova realidade.

Além disso, a Univesp também será afetada, já que terá que reestruturar sua grade de cursos e buscar alternativas para atender a demanda de alunos que não poderão mais cursar a licenciatura a distância. A instituição ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão do secretário.

Discussões sobre a formação de professores

A decisão do secretário de fechar as licenciaturas a distância na Univesp também levantou discussões sobre a formação de professores no Brasil. Muitos acreditam que a formação presencial é essencial para a construção de um profissional qualificado e preparado para atuar em sala de aula.

No entanto, é importante ressaltar que a formação de professores no país ainda enfrenta muitos desafios, como a baixa remuneração e a falta de incentivos para a carreira. Além disso, muitos professores formados em cursos presenciais também enfrentam dificuldades em sua atuação profissional, o que mostra que a formação presencial não é garantia de qualidade na edu

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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