Primeira turma de Educação Indígena EAD se forma em Frederico Westphalen – Rádio Alto Uruguai

Primeira turma de Educação Indígena EAD se forma em Frederico Westphalen

No último sábado, dia 10 de julho, a cidade de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, foi palco de um momento histórico para a educação indígena no Brasil. A primeira turma de Educação Indígena a distância (EAD) se formou na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A cerimônia de formatura, realizada na Rádio Alto Uruguai, contou com a presença de autoridades, professores, familiares e, principalmente, dos 23 formandos, representantes de diferentes etnias indígenas do estado.

Uma conquista histórica para a educação indígena

A formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD em Frederico Westphalen é um marco importante para a educação no Brasil. Isso porque, até então, não havia nenhuma graduação específica para a formação de professores indígenas no país. Com a criação do curso de Licenciatura em Educação Intercultural Indígena, em 2016, a UFSM se tornou pioneira nessa iniciativa, que visa promover a formação de professores indígenas qualificados e comprometidos com a valorização e preservação das culturas e línguas indígenas.

A modalidade EAD foi escolhida para atender às necessidades das comunidades indígenas, que muitas vezes vivem em áreas remotas e têm dificuldade de acesso à educação presencial. Além disso, o curso foi estruturado de forma a respeitar as especificidades culturais e linguísticas de cada etnia, com aulas ministradas por professores indígenas e conteúdos voltados para a realidade e demandas das comunidades.

Uma turma diversa e representativa

A primeira turma de Educação Indígena EAD em Frederico Westphalen é composta por 23 formandos, representantes de diferentes etnias indígenas do Rio Grande do Sul, como Kaingang, Guarani, Xokleng, Charrua e Mbyá-Guarani. A diversidade étnica e cultural presente na turma é um reflexo da proposta do curso, que busca valorizar e respeitar as diferentes identidades indígenas.

Além disso, a turma também é composta por estudantes de diferentes idades, desde jovens recém-saídos do ensino médio até professores indígenas que já atuam nas comunidades. Essa diversidade de experiências e vivências enriqueceu ainda mais o processo de aprendizagem e formação dos alunos.

Um desafio superado

A formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD em Frederico Westphalen é resultado de um longo processo de luta e resistência das comunidades indígenas. A criação do curso foi fruto de uma demanda antiga dos povos indígenas, que sempre lutaram por uma educação que respeitasse suas culturas e tradições.

Além disso, a modalidade EAD também trouxe desafios para os alunos, que precisaram conciliar os estudos com as atividades cotidianas nas comunidades. Muitos tiveram que enfrentar dificuldades de acesso à internet e falta de estrutura adequada para acompanhar as aulas. No entanto, com determinação e apoio dos professores e familiares, a turma conseguiu superar esses obstáculos e chegar até a formatura.

Um futuro promissor para a educação indígena

A formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD em Frederico Westphalen é apenas o começo de uma jornada promissora para a educação indígena no Brasil. Com a formação desses novos professores, as comunidades indígenas terão profissionais qualificados e comprometidos com a valorização e preservação de suas culturas e línguas.

Além disso, a

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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