Nova norma requer 50% de presença para formação de professores EAD – O Antagonista

Nova norma requer 50% de presença para formação de professores EAD

Uma nova norma publicada pelo Ministério da Educação (MEC) está gerando polêmica no meio acadêmico. A partir de agora, os cursos de formação de professores na modalidade de Ensino a Distância (EAD) deverão ter, no mínimo, 50% de presença obrigatória dos alunos. A medida, que já está em vigor, tem como objetivo garantir a qualidade da formação dos futuros docentes e evitar possíveis fraudes no processo de ensino.

A decisão foi anunciada pelo MEC no dia 3 de setembro de 2021, através da Portaria nº 1.095/2021. Segundo o texto, a nova regra se aplica a todos os cursos de licenciatura e pedagogia oferecidos na modalidade EAD, tanto em instituições públicas quanto privadas. A medida também se estende aos cursos de segunda licenciatura e formação pedagógica para graduados em outras áreas.

Objetivo é garantir a qualidade da formação dos professores

A exigência de 50% de presença obrigatória nos cursos de formação de professores EAD tem como principal objetivo garantir a qualidade da formação dos futuros docentes. A modalidade de ensino a distância tem crescido significativamente nos últimos anos, principalmente devido à sua flexibilidade e acessibilidade. No entanto, a qualidade do ensino oferecido ainda é motivo de preocupação para muitos especialistas e profissionais da área.

Com a nova norma, o MEC busca assegurar que os futuros professores tenham uma formação sólida e completa, com a presença de atividades práticas e interação com os colegas e professores. A presença obrigatória também visa evitar possíveis fraudes no processo de ensino, como a contratação de terceiros para realização de atividades e provas em nome do aluno.

Polêmica entre defensores e críticos da medida

A nova norma do MEC tem gerado opiniões divergentes entre defensores e críticos da medida. Para alguns especialistas, a exigência de 50% de presença obrigatória é um avanço na garantia da qualidade da formação dos professores. Além disso, a presença dos alunos em atividades práticas e interação com os colegas e professores é fundamental para o desenvolvimento de habilidades essenciais para a atuação docente, como a comunicação e o trabalho em equipe.

Por outro lado, há quem critique a medida, alegando que ela pode prejudicar a democratização do acesso ao ensino superior. Muitos estudantes optam pela modalidade EAD justamente por sua flexibilidade, que permite conciliar os estudos com outras atividades, como trabalho e família. Além disso, a exigência de presença pode gerar custos adicionais para os alunos, como deslocamento e hospedagem, o que pode ser um obstáculo para aqueles que não possuem condições financeiras.

Impactos na formação de professores e no mercado de trabalho

A nova norma do MEC também deve ter impactos significativos na formação de professores e no mercado de trabalho. Com a exigência de presença obrigatória, é possível que haja uma diminuição no número de matrículas nos cursos de formação de professores EAD, já que muitos estudantes podem optar por outras modalidades de ensino. Isso pode gerar uma redução na oferta de profissionais qualificados para atuar na educação básica, que já enfrenta uma grande carência de docentes em diversas áreas.

Além disso, a medida também pode afetar o mercado de trabalho, já que muitas escolas e instituições de ensino buscam profissionais com formação em EAD para atuar em cursos a distância. Com a possível diminuição na oferta de profissionais formados nessa modalidade, pode haver uma maior concorrência e exigência de qualificação para essas vagas.

Conclusão

A nova norma do MEC que exige 50% de presença obrigatória nos cursos de formação de professores EAD tem gerado discussões e opiniões divergentes. Enquanto alguns

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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