Com o advento das novas tecnologias, está ficando cada vez mais fácil fazermos algo que antes poderia ser muito custoso. Música, por exemplo. Se antes tínhamos que ter um aparato de um estúdio de gravação, e alta tecnologia (para a época) para fazermos música, hoje, com um laptop ou até um celular, dá pra gravar algo, colocar nas redes sociais, e fazer sucesso.
De alguns ano pra cá, muita coisa vem mudando em relação aos artistas que resolvem fazer música, e não se trata apenas da questão do CD ter ficado obsoleto. A situação vai bem mais além, principalmente, na relação da sua arte com o público em geral.
Exemplos?
Antigamente, monetizar a sua música se resumia a vender CD’s e colocar royalties nelas. Atualmente, esse conceito mudou radicalmente, e monetizar a sua arte musical significa socializá-la, ou seja, induzir o seu pública a compartilhar a sua música nas mídias sociais, criar um vídeo no Youtube usando a sua canção, etc.
A música, portanto, vem se tornando um grande instrumento nas mãos do público não somente com a finalidade de escutá-la, mas, também para usá-la de maneira prática em algo que seja, de certa forma, “útil” para esse público.
E, falando em mídias, o que dizer das mídias ditas tradicionais? Comecemos com a imprensa, mais particularmente, as revistas especializadas. Há um tempo atrás, publicações como a Bizz, a Rolling Stone, e por aí vai, eram grandes influenciadoras no gosto musical de certa parte do público. Hoje em dia, as famosas resenhas de discos não são mais tão relevantes (vide a quantidade de sites, blogs, etc, falando de vários estilos, para um público bem mais amplo). Em suma: a imprensa musical está mais variada, e sem grande poder de influência.
Outro aspecto midiático é em relação às rádios. Antigamente, tocar numa emissora de rádio era sucesso na certa, o auge. Só que, hoje, o conceito radiofônico mudou muito. O que está “bombando” mesmo não está tocando naquele velho rádio de pilha, e sim, em rádios por satélite, estações online e serviços de música customizáveis. Tocar nesses ambientes se torna cada vez mais fácil, e é uma grande plataforma para expôr a sua arte. Só não espere um enorme sucesso comercial, mas, o fato de ter um lugar que toque a sua música com regularidade já é algo ótimo.
Algo que mudou significativamente com a modernização da música foi a relação com os fãs. Atualmente, muitos não ajudam o artista apenas comprando o ingresso para os seus shows ou os seus discos. A coisa vai um pouco além. Existem plataformas digitais, como Kickstarter, PledgeMusic e RocketHub, onde o música pode arrecadar dinheiro dos seus próprios fãs, a fim de realizarem os mais diversos projetos, como a gravação de um disco, por exemplo. Além disso, é muito gratificante quando os próprios fãs fazem parte do seu projeto.
E, o que dizer de uma ferramenta como o Youtube? Geralmente, quando se fala em “procurar novas músicas”, o primeiro lugar que pensamos em ir é o Youtube, que se tornou rapidamente uma enorme vitrine para a nova produção musical, de todos os estilos possíveis. O melhor é que para você usar bem essa plataforma, não é necessários produzir um mega vídeo clipe para cada uma das suas músicas. Basta colocar uma ou duas músicas (ou, o álbum todo) com a arte da capa, que já será o suficiente para você ter boa visibilidade.
Claro, dentro de todos esses aspectos, nada valeria a pena se não tivéssemos uma tecnologia que nos possibilitasse a fazermos músicas tão boas e de qualidade quanto as que eram feitas há décadas atrás. Obviamente que esse aspecto não é em relação a gosto por estilo musical, e sim, a qualidade de uma mesa de mixagem, de um microfone muito potente, entre outras possibilidades. É evidente que o ideal é, muitas vezes, você ter a experiência de um engenheiro de som, por exemplo, mas, com o tempo, as ferramentas digitais podem fazer com que você próprio tenha essa experiência.
Portanto, não é nem um pouco complicado, nos dias de hoje, você compor e produzir a sua música. O que é oferecido no mercado atual possibilita que você faça uma produção artística musical de qualidade, como ensina, por exemplo, um dos cursos disponibilizados no site Operários da Arte, sobre essa questão de criação e produção musical.
Para Ché Costa, “o curso é para músicos, instrumentistas, arranjadores, produtores, cantores… todo mundo que é envolvido com a arte pode fazer este curso. É um curso sobre conceito, como trabalhar, como produzir, como criar etc. Existe um mistério sobre a criação, pois muita gente diz que não é criativo. Isso não faz sentido e o curso desmistifica esta ideia”.
O “faça você mesmo” contemporâneo é repleto de alternativas. Basta seguir o rumo certo.