Formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD no Brasil em Frederico Westphalen | Passo Fundo – GZH

Formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD no Brasil em Frederico Westphalen | Passo Fundo

No dia 10 de dezembro de 2021, a cidade de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, será palco de um momento histórico para a educação brasileira: a formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD do país. O evento, que também contará com a presença de formandos da cidade vizinha de Passo Fundo, marca um importante avanço na inclusão e valorização das comunidades indígenas no sistema educacional brasileiro.

A Educação Indígena EAD é uma modalidade de ensino que tem como objetivo formar professores indígenas para atuarem em suas próprias comunidades, respeitando suas tradições e culturas. O curso, oferecido pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), foi criado em 2017 e conta com a parceria da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Um marco na história da educação brasileira

A formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD é um marco na história da educação brasileira, pois representa um importante passo na luta pela valorização e reconhecimento das comunidades indígenas. Até então, a formação de professores indígenas era feita de forma presencial, o que dificultava o acesso e a permanência desses estudantes no ensino superior.

Com a modalidade EAD, os indígenas puderam estudar em suas próprias comunidades, sem precisar se deslocar para as cidades, o que muitas vezes era inviável devido às distâncias e às condições precárias de transporte. Além disso, a Educação Indígena EAD respeita a diversidade cultural e linguística das comunidades, permitindo que os estudantes aprendam em sua língua materna e valorizando seus conhecimentos tradicionais.

Uma conquista das comunidades indígenas

A criação da Educação Indígena EAD foi uma conquista das próprias comunidades indígenas, que há anos lutam por uma educação que respeite suas identidades e culturas. A partir de um diálogo entre lideranças indígenas e as universidades, foi possível construir um curso que atendesse às demandas e necessidades das comunidades.

Além disso, a formação de professores indígenas é fundamental para a preservação e transmissão dos conhecimentos tradicionais das comunidades. Com professores indígenas atuando em suas próprias aldeias, é possível garantir uma educação mais contextualizada e que valorize a cultura e a história dos povos originários.

Uma parceria de sucesso

A parceria entre as universidades e as comunidades indígenas foi fundamental para o sucesso da Educação Indígena EAD. As instituições de ensino se comprometeram a respeitar as especificidades culturais e linguísticas dos estudantes, oferecendo uma formação que fosse ao encontro de suas necessidades.

Além disso, a UFSM, a UFFS e a UFRGS também se responsabilizaram por garantir a infraestrutura necessária para que os estudantes pudessem estudar em suas comunidades, como a disponibilização de computadores e acesso à internet. Essa parceria é um exemplo de como a educação pode ser transformadora quando há um diálogo e uma colaboração efetiva entre as instituições e as comunidades.

Um futuro promissor

A formatura da primeira turma de Educação Indígena EAD é apenas o começo de um futuro promissor para as comunidades indígenas. Com a formação de professores indígenas, será possível ampliar o acesso à educação de qualidade nas aldeias, fortalecendo a identidade e a autoestima dos estudantes indígenas.

Além disso, a presença de professores indígenas nas escolas também é fundamental para combater o preconceito e a discriminação que muitas vezes são enfrentados pelos estudantes indígenas

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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