Fechamento de licenciaturas a distância: secretário discute universidade pública EAD de SP – Educação Estadão

Fechamento de licenciaturas a distância: o debate sobre a universidade pública EAD em São Paulo

A educação a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais presente no cenário educacional brasileiro, oferecendo oportunidades de formação para aqueles que não têm acesso à educação presencial. No entanto, a modalidade ainda é alvo de debates e questionamentos, principalmente quando se trata de universidades públicas. Recentemente, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, levantou a discussão sobre o fechamento de licenciaturas a distância em universidades públicas paulistas. Mas afinal, qual é o posicionamento do governo e da comunidade acadêmica em relação a essa proposta? Neste artigo, vamos analisar os argumentos e as possíveis consequências do fechamento de licenciaturas a distância em São Paulo.

O posicionamento do secretário de Educação

Em entrevista ao jornal Educação Estadão, o secretário Rossieli Soares defendeu a ideia de que as universidades públicas de São Paulo deveriam fechar os cursos de licenciatura a distância. Segundo ele, a modalidade EAD não é adequada para a formação de professores, pois não oferece a mesma qualidade de ensino que a educação presencial. Além disso, o secretário alega que a formação de professores deve ser feita de forma presencial, para que os futuros docentes tenham contato com a realidade das escolas e possam desenvolver habilidades essenciais para a profissão.

Os argumentos contrários

A proposta do secretário gerou polêmica e foi alvo de críticas por parte de especialistas e representantes da comunidade acadêmica. Para eles, o fechamento de licenciaturas a distância em universidades públicas seria um retrocesso e uma forma de limitar o acesso à educação superior. Além disso, alegam que a modalidade EAD pode sim oferecer uma formação de qualidade, desde que haja investimento e planejamento adequados.

Outro ponto levantado pelos críticos é que a educação a distância é uma realidade em muitos países desenvolvidos, e que o Brasil não pode ficar para trás nesse aspecto. Além disso, a modalidade pode ser uma alternativa para suprir a falta de professores em determinadas áreas e regiões do país, além de possibilitar a formação de docentes que já atuam na rede pública de ensino.

A realidade das licenciaturas a distância em São Paulo

Atualmente, as universidades públicas de São Paulo oferecem 11 cursos de licenciatura a distância, sendo eles: Pedagogia, Letras, Matemática, Física, Química, Biologia, História, Geografia, Filosofia, Sociologia e Educação Física. Esses cursos são ofertados por meio do programa Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), criado em 2012 com o objetivo de ampliar o acesso à educação superior pública no estado.

De acordo com dados do próprio Univesp, mais de 50 mil alunos já foram formados pela universidade virtual, sendo que 80% deles são professores da rede pública de ensino. Além disso, a taxa de evasão nos cursos de licenciatura a distância é de apenas 5%, o que demonstra que a modalidade tem sido bem aceita pelos alunos.

Os desafios da educação a distância

É importante ressaltar que a educação a distância ainda enfrenta desafios, principalmente no que diz respeito à infraestrutura e à formação dos professores que atuam nessa modalidade. É necessário investir em tecnologia e em capacitação para garantir a qualidade do ensino a distância, assim como é preciso garantir que os alunos tenham acesso a recursos e materiais adequados para o aprendizado.

Além disso, é fundamental que haja uma regulamentação clara e efetiva para a oferta de cursos a distância, a fim de evitar a proliferação de instituições que não oferecem uma formação de qualidade. É preciso também garantir que os cursos a distância tenham a mesma validade e reconhecimento que os

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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