EUA e Futebol: uma história de longa data

Não há dúvidas de que o Brasil continua sendo o “país do futebol”, e um celeiro de onde surgem alguns dos maiores craques da atualidade. Mas, outras nações, aos poucos, foram se especializando na área, e, atualmente, podemos dizer que vários também são os “países do futebol”.

É o caso, por exemplo, dos EUA, que vem numa crescente muito interessante em termos de profissionalizar o esporte. Tanto é que, numa recente pesquisa, constatou-se que a popularidade do futebol na terra do Tio Sam já estava atingindo o mesmo patamar que o beisebol (link da matéria: https://bit.ly/2K49A44).

Dentro desse crescente panorama onde o esporte bretão está conquistando os norte-americanos, existem até mesmo ótimos cursos online para se dar bem jogando futebol no país.

Mas, como os EUA conseguiram se transformar na “terra das oportunidades” para os futebolistas? Bem, vamos nessa, que a história é longa.

A Copa de 94 ainda não foi o “marco zero” de tudo

Quando a Copa dos EUA, em 1994, acabou muitos especialistas na área pensaram que isso seria um passo importante para a consolidação do futebol no país. Na verdade, não foi bem assim. Mesmo após a realização do evento, ainda não havia incentivo suficiente para se investir no esporte, e, aparentemente, também não havia um público tão grande e apaixonado que pudesse justificar a consolidação desse esporte por lá.

O que acontece, de fato, é que, apesar do enorme sucesso da Copa de 94, o modelo de gestão relacionado ao futebol nos EUA ainda continuou arcaico. Tudo era controlado pelo NASL (North American Soccer League), que se mostrava bastante amadora na organização de tudo o que dizia respeito ao esporte, resultando em times com graves prejuízos financeiros e um público bastante desinteressado.

O “jogo”, literalmente, precisa ser virado.

1996: o momento da guinada

O que se percebeu, na prática, é que o futebol, como qualquer outro esporte nos EUA, precisa ser gerido como um negócio (vide organizações de outras modalidades, como NBA, NFL, MLB e a NHL). Foi então que surgiu a chamada MLS (Major League Soccer), associação que começou colocando ordem na casa, e que começou a trata o futebol norte-americano, realmente, como uma enorme empresa, com CEO, comissários, administradores e muito mais.

Os times, então, passaram a ser franquias com bastante independência, recebendo por contratos de televisão, com tetos em relação aos salários e, além disso, com donos e acionistas para controlarem os principais trâmites. Com esse nível profissional, não deu outra: o futebol por lá começou a ganhar a estrutura necessária para se tornar popular.

Mas, faltava algo: o público. É aí que entrou a estratégia de aproximar os times de futebol das comunidades, através de visitas a instituições de caridade,  escolas e hospitais, o apreço por uma identidade visual entre o time e aquela localidade, e por aí vai. Foi-se, então, construindo toda uma cultura em volta, e, com o passar dos anos, o esporte foi se inserindo no cotidiano do norte-americano médio de maneira natural e gradativa.

A situação se expandiu de maneira tão benéfica e de tal forma, que surgiram fenômenos, no mínimo, “interessantes”, como o jogador designado. É um nome peculiar, convenhamos, mas, o conceito é bem simples. Trata-se de um ou dois jogadores de renome que passam a integrar os clubes, e estes, além de flexibilizarem os altos salários desses jogadores, exploram a imagem deles de forma comercial, como em diversas formas de publicidades. Todos saem ganhando, no final.

Além disso, fora o futebol masculino, o esporte em versão feminina também ganhou bastante adesão nos EUA. Na realidade, pra fazer um comparativo mais adequado o futebol feminino estão para os norte-americanos, assim como o futebol masculino está para os brasileiro. E, tudo isso a partir de uma consolidação séria que começou há mais de duas décadas atrás, apenas.

Isso tudo só mostra o quanto os EUA viraram a “meca do futebol”. Um verdadeiro golaço!

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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