Aumento alarmante do ensino superior a distância preocupa o MEC – Cofen

Aumento alarmante do ensino superior a distância preocupa o MEC – Cofen

O ensino superior a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, com um crescimento exponencial nos últimos anos. De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), em 2019, mais de 1,5 milhão de estudantes estavam matriculados em cursos de graduação a distância, representando um aumento de 45% em relação ao ano anterior. No entanto, esse aumento alarmante tem preocupado o MEC e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que alertam para os possíveis impactos negativos dessa modalidade de ensino na formação dos profissionais de saúde.

O crescimento do EAD no Brasil

O ensino a distância surgiu no Brasil na década de 1990, mas foi apenas nos últimos anos que ganhou força e se tornou uma opção viável para muitos estudantes. Com a popularização da internet e o avanço da tecnologia, o EAD se tornou uma alternativa mais acessível e flexível para aqueles que desejam cursar o ensino superior.

Além disso, a expansão do EAD também foi impulsionada por políticas públicas, como o Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece cursos de graduação e pós-graduação a distância em parceria com instituições públicas de ensino superior. Essa iniciativa tem contribuído para a democratização do acesso ao ensino superior, principalmente em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos.

Os desafios do EAD na formação de profissionais de saúde

Apesar dos benefícios e do crescimento do EAD no Brasil, essa modalidade de ensino ainda enfrenta desafios, principalmente quando se trata da formação de profissionais de saúde. O MEC e o Cofen têm levantado preocupações em relação à qualidade do ensino e à formação dos futuros enfermeiros, médicos, dentistas e demais profissionais da área da saúde.

Um dos principais desafios é a falta de prática e vivência clínica dos estudantes de EAD. Enquanto nos cursos presenciais os alunos têm a oportunidade de realizar estágios e atividades práticas em hospitais e clínicas, no EAD essa vivência é limitada ou até mesmo inexistente. Isso pode comprometer a formação desses profissionais, que precisam de uma base sólida de conhecimentos teóricos e práticos para atuar com segurança e eficiência no mercado de trabalho.

Além disso, a falta de interação presencial entre alunos e professores também é um desafio para o EAD na área da saúde. A troca de experiências e o contato direto com os professores são fundamentais para o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades essenciais para a prática profissional. No ensino a distância, essa interação é limitada e muitas vezes realizada apenas por meio de plataformas virtuais, o que pode comprometer a qualidade do ensino.

A preocupação do MEC e do Cofen

Diante desses desafios, o MEC e o Cofen têm se mostrado preocupados com o aumento alarmante do EAD na área da saúde. Em 2019, o Cofen emitiu uma nota técnica alertando para os riscos da formação de enfermeiros a distância, ressaltando a importância da prática e da vivência clínica na formação desses profissionais.

Além disso, o MEC também tem se manifestado sobre a necessidade de regulamentação e fiscalização mais rigorosas para garantir a qualidade do ensino a distância. Em 2018, o órgão publicou uma portaria que estabelece critérios para a oferta de cursos de graduação a distância na área da saúde, como a obrigatoriedade de estágios supervisionados e a presença de professores com formação específica na área de saúde.

A importância da formação de qualidade na área da saúde

A formação de profissionais de saúde é uma questão de extrema importância para a sociedade, pois esses profissionais são responsáveis por

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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