Secretário afirma que será necessário encerrar licenciaturas a distância em universidade pública online de SP
O ensino a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, principalmente devido à sua flexibilidade e acessibilidade. No entanto, essa modalidade de ensino ainda é alvo de muitas discussões e debates, especialmente quando se trata de sua aplicação em universidades públicas. Recentemente, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou que será necessário encerrar as licenciaturas a distância oferecidas pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). A declaração gerou polêmica e levantou questionamentos sobre o futuro do EAD nas instituições públicas de ensino superior.
O posicionamento do secretário
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o secretário Rossieli Soares afirmou que a Univesp, universidade pública online de São Paulo, não tem condições de oferecer cursos de licenciatura a distância. Segundo ele, a qualidade do ensino a distância é inferior ao presencial e, por isso, é necessário encerrar esses cursos na instituição. Além disso, o secretário também destacou que a Univesp não possui estrutura adequada para oferecer aulas práticas e estágios, fundamentais para a formação de professores.
As críticas à decisão
A declaração do secretário gerou críticas por parte de especialistas e estudantes. Para eles, a decisão é um retrocesso e vai contra a tendência mundial de expansão do ensino a distância. Além disso, alegam que a qualidade do EAD pode ser tão boa quanto a do ensino presencial, desde que haja investimento em tecnologia e formação adequada dos professores.
Outro ponto levantado é a importância do EAD para a democratização do acesso ao ensino superior. Com a flexibilidade de horários e a possibilidade de estudar de qualquer lugar, o EAD tem sido uma alternativa para muitos estudantes que não têm condições de frequentar aulas presenciais. Encerrar os cursos a distância na Univesp pode limitar o acesso desses alunos à formação em licenciatura.
A realidade do EAD no Brasil
De acordo com dados do Ministério da Educação (MEC), o número de matrículas em cursos de graduação a distância cresceu 133% entre 2010 e 2018. Atualmente, cerca de 1,5 milhão de estudantes estão matriculados em cursos de EAD no país. Além disso, o MEC também aponta que a qualidade do ensino a distância tem melhorado nos últimos anos, com a maioria das instituições obtendo notas satisfatórias nas avaliações do órgão.
No entanto, ainda há desafios a serem enfrentados. Um deles é a falta de regulamentação específica para o EAD no ensino superior. Atualmente, as diretrizes para essa modalidade de ensino são as mesmas do ensino presencial, o que pode gerar dificuldades na aplicação de metodologias e avaliações adequadas para o EAD. Além disso, a falta de investimento em tecnologia e formação de professores também é um obstáculo para a qualidade do ensino a distância.
O futuro do EAD nas universidades públicas
A decisão do secretário de encerrar as licenciaturas a distância na Univesp pode ser um indicativo de que o EAD ainda enfrenta resistência no meio acadêmico. No entanto, é importante lembrar que essa modalidade de ensino tem se mostrado uma alternativa viável e eficiente, principalmente em um país de dimensões continentais como o Brasil.
É necessário que haja um debate amplo e aprofundado sobre o EAD nas universidades públicas, levando em consideração as especificidades e desafios dessa modalidade de ensino. Além disso, é fundamental que haja investimento em tecnologia e formação de professores para garantir a qualidade do ensino a distância.
Conclusão
A declaração do secretário de Educação de São Paulo sobre o encerramento das licenciaturas a dist