Secretário afirma que licenciaturas a distância da universidade pública de SP terão que ser encerradas – Terra

Secretário anuncia encerramento de licenciaturas a distância da universidade pública de SP

O ensino a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, principalmente devido à sua flexibilidade e acessibilidade. No entanto, essa modalidade de ensino ainda é alvo de muitas discussões e debates, especialmente quando se trata de cursos de licenciatura. Recentemente, o secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, anunciou que as licenciaturas a distância oferecidas pela universidade pública de São Paulo terão que ser encerradas. A decisão gerou polêmica e levantou questionamentos sobre a qualidade do ensino a distância e a formação de professores. Neste artigo, vamos analisar os motivos por trás dessa decisão e discutir os impactos que ela pode ter na educação do estado.

Contexto do ensino a distância no Brasil

O ensino a distância no Brasil teve início na década de 1990, com a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e a regulamentação da modalidade pelo Ministério da Educação (MEC). Desde então, o número de cursos a distância tem crescido exponencialmente, principalmente nas instituições privadas. Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2019, o número de matrículas em cursos de graduação a distância ultrapassou o de cursos presenciais, representando 52,4% do total.

No entanto, a qualidade do ensino a distância ainda é um tema controverso. Enquanto alguns defendem que a modalidade pode ser tão eficaz quanto o ensino presencial, outros questionam a falta de interação e o acompanhamento dos alunos, além da possibilidade de fraudes e baixa qualidade dos materiais didáticos. Essas discussões se intensificam quando se trata de cursos de licenciatura, que formam os futuros professores do país.

As licenciaturas a distância da universidade pública de SP

A universidade pública de São Paulo, uma das mais renomadas do país, oferece cursos de licenciatura a distância desde 2012. Atualmente, são oferecidos os cursos de Pedagogia, Letras, Matemática e Ciências Biológicas, com cerca de 3 mil alunos matriculados. No entanto, o secretário de Educação do estado anunciou que esses cursos terão que ser encerrados.

Segundo Soares, a decisão foi tomada após uma análise da qualidade dos cursos e da formação dos professores. De acordo com ele, os cursos a distância não oferecem a mesma qualidade de formação que os cursos presenciais, o que pode comprometer a qualidade da educação básica no estado. Além disso, o secretário também apontou a falta de infraestrutura adequada para a realização dos estágios obrigatórios, que são essenciais para a formação dos futuros professores.

Reações à decisão

A decisão do secretário gerou reações diversas. Enquanto alguns concordam com a medida, alegando que a formação de professores deve ser presencial e que a qualidade do ensino a distância ainda é questionável, outros criticam a falta de diálogo e a falta de investimento na melhoria dos cursos a distância.

A Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) emitiu uma nota de repúdio à decisão, afirmando que a medida é um retrocesso e que a qualidade do ensino a distância depende da gestão e do investimento adequado. Além disso, a ABED também destacou que a modalidade pode ser uma alternativa para a formação de professores em regiões mais afastadas e com dificuldades de acesso ao ensino presencial.

Impactos na educação do estado de São Paulo

O encerramento das licenciaturas a distância da universidade pública de São Paulo pode ter impactos significativos na educação do estado. Com a falta de formação de novos professores, pode haver uma carência de profissionais qualificados para atuar nas escolas, principalmente nas regiões mais afastadas. Além disso, a decisão também pode afetar os alunos matriculados nos cursos a distância

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

Deixe um comentário