Secretário afirma necessidade de encerramento de cursos de graduação a distância em universidade pública online de SP – Terra

Secretário afirma necessidade de encerramento de cursos de graduação a distância em universidade pública online de SP

A educação a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, principalmente devido à sua flexibilidade e acessibilidade. No entanto, essa modalidade de ensino também tem sido alvo de críticas e debates acalorados, especialmente quando se trata de cursos de graduação em universidades públicas. Recentemente, o secretário de Educação do estado de São Paulo, João Cury, afirmou a necessidade de encerrar os cursos de graduação a distância oferecidos pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). A declaração gerou polêmica e levantou questionamentos sobre a qualidade e relevância desses cursos. Neste artigo, vamos analisar os argumentos do secretário e discutir a importância da EAD na educação superior.

A polêmica em torno da EAD na educação superior

A EAD tem sido uma alternativa para muitos brasileiros que desejam cursar o ensino superior, mas não têm condições de frequentar aulas presenciais. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), em 2019, mais de 1,7 milhão de estudantes estavam matriculados em cursos de graduação a distância, representando cerca de 21% do total de alunos do ensino superior no país.

No entanto, essa modalidade de ensino ainda é vista com desconfiança por muitos, principalmente quando se trata de cursos oferecidos por universidades públicas. A Univesp, criada em 2012 pelo governo do estado de São Paulo, é uma das pioneiras na oferta de cursos de graduação a distância em uma universidade pública. Atualmente, a instituição oferece 18 cursos de graduação, com mais de 60 mil alunos matriculados.

Os argumentos do secretário João Cury

Em entrevista à imprensa, o secretário de Educação de São Paulo, João Cury, afirmou que a Univesp não tem condições de oferecer cursos de graduação a distância com a mesma qualidade que as universidades presenciais. Segundo ele, a instituição não possui estrutura física adequada, corpo docente qualificado e recursos tecnológicos suficientes para garantir uma formação de excelência aos alunos.

Além disso, Cury também destacou que a Univesp tem um alto custo para o estado, com um investimento de cerca de R$ 20 mil por aluno, enquanto as universidades presenciais gastam em média R$ 7 mil por aluno. Ele argumenta que esse valor poderia ser melhor utilizado em outras áreas da educação, como a construção de novas escolas e a valorização dos professores.

A importância da EAD na educação superior

Apesar dos argumentos do secretário, é importante ressaltar que a EAD tem um papel fundamental na democratização do acesso ao ensino superior. Muitos estudantes não têm condições financeiras ou geográficas de frequentar uma universidade presencial, e a EAD surge como uma alternativa viável para esses casos.

Além disso, a modalidade a distância também permite que os alunos tenham uma maior flexibilidade de horários, podendo conciliar os estudos com outras atividades, como trabalho e família. Isso é especialmente importante em um país como o Brasil, onde a maioria da população trabalha e precisa se sustentar enquanto estuda.

Outro ponto a ser considerado é que a EAD tem evoluído muito nos últimos anos, com o uso de tecnologias avançadas e metodologias inovadoras. As aulas online, por exemplo, podem ser tão interativas e dinâmicas quanto as aulas presenciais, e os alunos têm acesso a uma vasta gama de recursos e materiais de estudo.

A necessidade de investimentos e fiscalização na EAD

Ao invés de encerrar os cursos de graduação a distância na Univesp, o secretário João Cury poderia propor medidas para melhorar a qualidade desses cursos. É necessário um maior investimento em infraestrutura e formação de professores, além de uma fiscalização mais rigorosa para garantir que as instituições estejam cumprindo as exigências do MEC.

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Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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