Reações das associações de faculdades e ensino a distância ao limite de EAD em licenciaturas: ‘Inviável’ – Educação Estadão
A educação a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais presente no cenário educacional brasileiro, oferecendo uma alternativa para aqueles que buscam uma formação acadêmica, mas não têm disponibilidade para frequentar aulas presenciais. No entanto, recentemente, uma decisão do Ministério da Educação (MEC) tem gerado polêmica e preocupação entre as associações de faculdades e ensino a distância: o limite de 20% de carga horária para cursos de licenciatura na modalidade EAD.
Essa medida, divulgada pelo MEC em janeiro de 2020, estabelece que apenas 20% da carga horária total dos cursos de licenciatura poderá ser realizada na modalidade EAD, sendo os outros 80% obrigatoriamente presenciais. Essa decisão tem gerado reações diversas, principalmente por parte das associações que representam as instituições de ensino a distância e as faculdades que oferecem cursos nessa modalidade. Neste artigo, iremos analisar as principais reações e argumentos apresentados por essas entidades em relação ao limite de EAD em licenciaturas.
Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED)
A ABED é uma das principais associações que representa as instituições de ensino a distância no Brasil. Em nota oficial, a entidade se posicionou contrária ao limite de 20% de carga horária para cursos de licenciatura na modalidade EAD, afirmando que essa medida é “inviável e prejudicial para o desenvolvimento da educação a distância no país”.
Segundo a ABED, a decisão do MEC vai contra as tendências mundiais de expansão da EAD, que tem se mostrado uma alternativa eficaz e de qualidade para a formação de professores. Além disso, a associação ressalta que a modalidade EAD já é regulamentada e possui critérios de qualidade estabelecidos pelo próprio MEC, o que garantiria a qualidade do ensino oferecido.
Outro argumento apresentado pela ABED é que o limite de 20% de carga horária para cursos de licenciatura na modalidade EAD pode prejudicar a formação de professores em regiões mais distantes e de difícil acesso, onde a oferta de cursos presenciais é limitada. Para a associação, a EAD é uma forma de democratizar o acesso à educação e garantir a formação de professores em todo o país.
Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP)
A ANUP, que representa as universidades particulares do país, também se manifestou contrária ao limite de EAD em licenciaturas. Em nota oficial, a entidade afirmou que a decisão do MEC é “um retrocesso para a educação brasileira” e que a modalidade EAD tem se mostrado uma alternativa eficaz e de qualidade para a formação de professores.
A associação também ressaltou que a EAD é uma realidade consolidada no país, com mais de 1,5 milhão de alunos matriculados em cursos de graduação a distância. Além disso, a ANUP destacou que as instituições de ensino a distância possuem estrutura e tecnologia para oferecer uma formação de qualidade, com professores qualificados e material didático atualizado.
Outro ponto levantado pela ANUP é que o limite de 20% de carga horária para cursos de licenciatura na modalidade EAD pode prejudicar a formação de professores em áreas específicas, como a educação especial e a educação indígena, que dependem da oferta de cursos a distância para suprir a demanda de profissionais qualificados.
Associação Nacional dos Centros Universitários (ANACEU)
A ANACEU, que representa os centros universitários do país, também se posicionou contrária ao limite de EAD em licenciaturas. Em nota oficial, a entidade afirmou que a decisão do MEC é “um retrocesso para a educação brasileira” e que a modalidade EAD tem se mostrado uma alternativa