Reação das associações de faculdades e ensino a distância ao limite de EAD em licenciaturas: “Inviável”
O ensino a distância (EAD) tem se tornado cada vez mais popular no Brasil, principalmente devido à sua flexibilidade e acessibilidade. No entanto, recentemente, uma decisão do Ministério da Educação (MEC) tem gerado polêmica e preocupação entre as associações de faculdades e instituições de ensino a distância. Trata-se do limite de 20% de aulas a distância em cursos de licenciatura, estabelecido pelo MEC em portaria publicada no Diário Oficial da União em 4 de setembro de 2019. A medida foi considerada “inviável” por essas entidades, que alegam que ela pode prejudicar a qualidade do ensino e a formação dos futuros professores. Neste artigo, vamos analisar a reação das associações de faculdades e ensino a distância a esse limite de EAD em licenciaturas e discutir os possíveis impactos dessa decisão.
Entendendo a portaria do MEC
A portaria do MEC estabelece que, a partir de 2020, os cursos de licenciatura poderão ter no máximo 20% de sua carga horária total em aulas a distância. Isso significa que, em um curso de 4 anos, apenas 1 ano poderá ser realizado na modalidade EAD. Além disso, a portaria também determina que as aulas práticas e estágios devem ser presenciais, o que limita ainda mais a utilização do EAD nesses cursos.
A justificativa do MEC para essa medida é garantir a qualidade do ensino e a formação adequada dos futuros professores. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, “não é possível formar um professor sem prática presencial”. No entanto, essa decisão tem gerado críticas e preocupações por parte das associações de faculdades e ensino a distância.
Reação das associações de faculdades
A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) foi uma das primeiras entidades a se manifestar contra o limite de EAD em licenciaturas. Em nota oficial, a associação afirmou que a medida é “inviável” e que pode prejudicar a formação dos futuros professores. Segundo a ABMES, o EAD é uma modalidade de ensino que tem se mostrado eficiente e que pode contribuir para a formação de professores mais preparados e atualizados.
Outra associação que se posicionou contra a portaria do MEC foi a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup). Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o presidente da Anup, Antonio Carbonari Netto, afirmou que a medida é “um retrocesso” e que pode afetar a qualidade do ensino. Ele também ressaltou que o EAD é uma realidade no Brasil e que as instituições de ensino precisam se adaptar a essa modalidade.
Reação das instituições de ensino a distância
As instituições de ensino a distância também se mostraram preocupadas com a decisão do MEC. A Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) emitiu uma nota em que afirma que a portaria “desconsidera a realidade do ensino a distância no Brasil”. Segundo a Abed, o EAD é uma modalidade de ensino que tem crescido e se consolidado no país, e que pode contribuir para a formação de professores mais qualificados.
Além disso, a Associação Brasileira de Ensino a Distância (ABED) também se manifestou contra o limite de EAD em licenciaturas. Em nota, a associação afirmou que a medida é “prejudicial” e que pode limitar o acesso à educação de qualidade. A ABED também ressaltou que o EAD é uma modalidade de ensino que tem se mostrado eficiente e que pode contribuir para a formação de professores mais preparados.
Impactos da decisão do MEC
A decisão do MEC de limitar o EAD em licenciaturas pode