Impacto do Fies Social e regulação do EAD na qualidade de crédito das empresas de educação, segundo a Fitch – Valor Econômico

Introdução

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) Social e a regulação do Ensino a Distância (EAD) têm sido temas frequentes no cenário educacional brasileiro. Ambos têm como objetivo promover o acesso à educação superior e ampliar a oferta de cursos, principalmente em regiões com menor infraestrutura educacional. No entanto, a Fitch Ratings, agência de classificação de risco, aponta que essas medidas podem impactar a qualidade de crédito das empresas de educação. Neste artigo, iremos analisar o posicionamento da Fitch e como essas políticas podem afetar o setor de educação no Brasil.

O Fies Social e sua importância para o acesso à educação

Criado em 1999, o Fies é um programa do governo federal que oferece financiamento estudantil para alunos de baixa renda que desejam cursar o ensino superior em instituições privadas. O programa tem como objetivo principal promover a inclusão social e reduzir as desigualdades educacionais no país.

Em 2010, o Fies passou por uma reformulação e foi dividido em duas modalidades: Fies Tradicional e Fies Social. Enquanto o Fies Tradicional é destinado a estudantes com renda familiar per capita de até três salários mínimos, o Fies Social atende alunos com renda de até cinco salários mínimos. Além disso, o Fies Social oferece juros mais baixos e permite o pagamento das mensalidades após a conclusão do curso.

Com o Fies Social, o governo busca ampliar o acesso à educação superior, principalmente em regiões com menor infraestrutura educacional. Isso porque, muitas vezes, as instituições privadas são as únicas opções de ensino superior nessas localidades. Além disso, o programa também contribui para a manutenção e expansão das instituições de ensino privadas, que dependem dos recursos do Fies para se manterem financeiramente.

A regulação do EAD e sua expansão no mercado educacional

O Ensino a Distância (EAD) é uma modalidade de ensino que vem crescendo significativamente no Brasil. Segundo dados do Censo da Educação Superior de 2019, o número de matrículas em cursos de graduação a distância cresceu 145% nos últimos 10 anos, enquanto as matrículas em cursos presenciais aumentaram apenas 13%.

A regulação do EAD é feita pelo Ministério da Educação (MEC) e tem como objetivo garantir a qualidade do ensino oferecido nessa modalidade. Para isso, são estabelecidas diretrizes e critérios para a criação e funcionamento de cursos a distância, como a necessidade de uma infraestrutura tecnológica adequada e a presença de tutores e professores qualificados.

Com a regulação do EAD, o governo busca ampliar a oferta de cursos de ensino superior, principalmente em regiões com menor infraestrutura educacional. Além disso, o EAD também é visto como uma alternativa para reduzir os custos com educação, já que os cursos a distância tendem a ser mais acessíveis financeiramente.

O impacto do Fies Social e da regulação do EAD na qualidade de crédito das empresas de educação

Apesar dos benefícios do Fies Social e da regulação do EAD para o acesso à educação, a Fitch Ratings aponta que essas medidas podem impactar a qualidade de crédito das empresas de educação. Segundo a agência, a expansão do EAD e a dependência das instituições privadas em relação aos recursos do Fies podem afetar a qualidade do ensino oferecido.

Com a ampliação do EAD, há uma maior concorrência no mercado educacional, o que pode levar as instituições a reduzirem os preços das mensalidades para atrair mais alunos. Além disso, a Fitch também aponta que a regulação do EAD pode aumentar os custos operacionais das instituições, já que é necessário investir em tecnologia e qualificação de professores.

Já em relação ao Fies Social, a agência de classificação de risco destaca que a dependência das instituições privadas em relação aos

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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