Debate sobre EaD entre CAPES e universidades no Maranhão – UEMA
A educação a distância (EaD) tem sido um tema cada vez mais presente nas discussões sobre o ensino superior no Brasil. Com a pandemia de Covid-19, a modalidade se tornou ainda mais relevante, sendo a única forma de garantir a continuidade das atividades acadêmicas em meio ao distanciamento social. No entanto, o debate sobre a qualidade e efetividade do ensino a distância ainda é intenso, especialmente entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e as universidades do Maranhão, em especial a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Neste artigo, vamos analisar os principais pontos desse debate e entender como ele tem impactado a educação no estado.
A expansão da EaD no Brasil
A EaD tem sido uma alternativa cada vez mais utilizada pelas instituições de ensino superior no Brasil. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), em 2019, cerca de 1,7 milhão de estudantes estavam matriculados em cursos de graduação a distância, representando um aumento de 145% em relação a 2010. Além disso, a modalidade também tem ganhado espaço na pós-graduação, com mais de 300 mil alunos matriculados em cursos de mestrado e doutorado a distância.
Essa expansão da EaD é impulsionada principalmente pela demanda por flexibilidade e praticidade, já que os estudantes podem assistir às aulas e realizar as atividades no horário e local que desejarem. Além disso, a modalidade também é vista como uma forma de democratizar o acesso ao ensino superior, já que muitas vezes os cursos presenciais não são acessíveis para todos devido a questões geográficas e financeiras.
O posicionamento da CAPES
A CAPES é uma fundação vinculada ao MEC responsável pela avaliação e fomento da pós-graduação no Brasil. Em relação à EaD, a instituição tem um posicionamento crítico, defendendo que a modalidade deve ser utilizada apenas como complemento ao ensino presencial e não como substituto. Em 2018, a CAPES publicou uma portaria que estabelecia critérios mais rigorosos para a autorização e reconhecimento de cursos de pós-graduação a distância, com o objetivo de garantir a qualidade do ensino oferecido.
No entanto, a portaria foi alvo de críticas por parte das universidades, que alegaram que as novas regras dificultariam a oferta de cursos de pós-graduação a distância, especialmente nas regiões mais remotas do país. Além disso, muitos defendem que a EaD pode sim ser uma forma efetiva de ensino, desde que bem estruturada e com acompanhamento adequado dos alunos.
A realidade da EaD na UEMA
A UEMA é uma das principais universidades do Maranhão e oferece diversos cursos de graduação e pós-graduação na modalidade EaD. No entanto, a instituição tem enfrentado dificuldades em relação à oferta desses cursos, especialmente após a publicação da portaria da CAPES.
De acordo com a reitora da UEMA, Elizabeth Nunes Fernandes, a universidade tem buscado se adequar às novas exigências da CAPES, mas tem enfrentado dificuldades financeiras para investir em infraestrutura e tecnologia necessárias para a oferta de cursos de pós-graduação a distância. Além disso, a reitora também destaca que a instituição tem um papel importante na formação de professores para a educação básica no estado, e a EaD é uma forma de ampliar esse alcance.
O impacto da pandemia
Com a pandemia de Covid-19, a EaD se tornou a única forma de garantir a continuidade das atividades acadêmicas em todo o país. No Maranhão, a UEMA precisou se adaptar rapidamente para oferecer aulas remotas e garantir que os estudantes não fossem prejudicados. No entanto, a falta de estrutura e preparo para a modalidade foi um des