Burguesia usa inundação para impor Ensino à Distância • Diário Causa Operária

Burguesia usa inundação para impor Ensino à Distância

A pandemia do novo coronavírus trouxe uma série de desafios para a sociedade, entre eles, a necessidade de adaptação ao ensino à distância. No entanto, o que poderia ser uma solução temporária para garantir a continuidade do aprendizado, tem sido utilizado pela burguesia como uma forma de impor o ensino à distância como modelo permanente de educação. E, para isso, eles estão se aproveitando de uma situação trágica: as enchentes que assolam diversas regiões do país.

As enchentes e a precarização do ensino presencial

As fortes chuvas que atingem o Brasil nos últimos meses têm causado inúmeras tragédias, como deslizamentos de terra, desabamentos e, principalmente, enchentes. Milhares de famílias têm sido afetadas e muitas perderam suas casas e pertences. Além disso, as enchentes também têm impactado diretamente o ensino presencial, com escolas sendo fechadas e alunos sem acesso às aulas.

No entanto, ao invés de buscar soluções para garantir a segurança e o bem-estar da população, a burguesia tem utilizado essa situação para impor o ensino à distância como a única alternativa viável para a continuidade do aprendizado. Eles se aproveitam da precarização do ensino presencial, que já sofria com falta de investimentos e estrutura, para vender o ensino à distância como uma solução moderna e eficiente.

A falsa modernidade do ensino à distância

O ensino à distância tem sido apresentado como uma forma moderna e inovadora de aprendizado, mas a realidade é bem diferente. O modelo de ensino à distância é baseado em plataformas digitais, que exigem acesso à internet e equipamentos tecnológicos, como computadores e smartphones. Ou seja, é uma modalidade que exclui grande parte da população, principalmente os mais pobres, que não têm condições de arcar com esses custos.

Além disso, o ensino à distância também é marcado pela falta de interação entre alunos e professores, o que prejudica o processo de aprendizagem. A educação presencial permite o debate, a troca de ideias e o desenvolvimento de habilidades sociais, que são fundamentais para a formação integral dos estudantes. No ensino à distância, esses aspectos são deixados de lado em prol de uma suposta modernidade.

A imposição do ensino à distância pela burguesia

A utilização das enchentes como justificativa para impor o ensino à distância é apenas mais uma estratégia da burguesia para manter o controle sobre a educação. Ao vender o ensino à distância como a única alternativa viável, eles conseguem lucrar com a venda de plataformas e equipamentos tecnológicos, além de manter o controle sobre o conteúdo que é transmitido aos alunos.

Além disso, o ensino à distância também é uma forma de precarizar ainda mais o trabalho dos professores. Com aulas gravadas e sem interação com os alunos, os professores perdem sua autonomia e são reduzidos a meros transmissores de conteúdo. Isso também abre espaço para a contratação de profissionais sem formação adequada e com salários mais baixos, o que beneficia ainda mais a burguesia.

A resistência dos trabalhadores da educação

Diante dessa imposição do ensino à distância, os trabalhadores da educação têm se organizado e resistido. Greves e manifestações têm sido realizadas em diversas regiões do país, exigindo melhores condições de trabalho e a garantia do ensino presencial como modelo principal de educação.

Além disso, também é importante destacar a luta dos estudantes, que têm se mobilizado contra a imposição do ensino à distância e exigido o retorno seguro às aulas presenciais. Afinal, são eles os principais prejudicados por essa medida, que coloca em risco sua formação e seu futuro.

Conclusão

A utilização das enchentes como justificativa para impor o ensino à dist

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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