Diminuição da demanda por cursos online leva Conselho a questionar qualidade – atualidades do Amazonas
A pandemia do novo coronavírus trouxe diversas mudanças para a sociedade, entre elas, a necessidade de adaptação ao ensino remoto. Com as medidas de distanciamento social, as instituições de ensino precisaram migrar suas aulas presenciais para o ambiente virtual, o que resultou em um aumento significativo na oferta de cursos online. No entanto, recentemente, o Conselho Estadual de Educação do Amazonas levantou uma preocupação: a diminuição da demanda por esses cursos pode estar relacionada à qualidade do ensino oferecido.
Ensino online em alta durante a pandemia
Desde o início da pandemia, em março de 2020, o ensino online tem sido a principal alternativa para manter o aprendizado dos estudantes. Segundo dados do Ministério da Educação, mais de 8 milhões de alunos da educação básica e superior aderiram ao ensino remoto no Brasil. No Amazonas, a realidade não é diferente. Com as escolas e universidades fechadas, as aulas online se tornaram a única opção para dar continuidade ao ano letivo.
A preocupação do Conselho Estadual de Educação
Apesar da adesão massiva ao ensino online, o Conselho Estadual de Educação do Amazonas tem levantado uma preocupação: a qualidade do ensino oferecido. De acordo com o presidente do Conselho, José Ricardo Freitas, a diminuição da demanda por cursos online pode ser um indicativo de que os alunos não estão satisfeitos com a qualidade do ensino.
Em entrevista ao jornal local “A Crítica”, Freitas afirmou que o Conselho tem recebido diversas denúncias de alunos e pais sobre a falta de estrutura e organização nas aulas online. Além disso, ele ressalta que muitas instituições de ensino não estão seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação para o ensino remoto, o que pode comprometer a qualidade do aprendizado.
Qualidade do ensino online em questão
A preocupação do Conselho Estadual de Educação do Amazonas não é infundada. Com a rápida adaptação ao ensino remoto, muitas instituições de ensino não estavam preparadas para oferecer aulas online de qualidade. Além disso, a falta de infraestrutura adequada e a falta de treinamento dos professores para o ensino virtual também são fatores que podem comprometer a qualidade do ensino.
Outro ponto levantado pelo Conselho é a falta de fiscalização e controle sobre as aulas online. Com a ausência de aulas presenciais, não há como garantir que os alunos estejam realmente aprendendo e que as avaliações estejam sendo realizadas de forma justa e efetiva. Isso pode levar a uma desvalorização do diploma e do aprendizado dos alunos.
Impacto na demanda por cursos online
A preocupação com a qualidade do ensino online pode estar refletindo na demanda por cursos nessa modalidade. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de matrículas em cursos de graduação a distância no Amazonas teve uma queda de 6,5% em 2020, em comparação com o ano anterior. Além disso, o número de inscritos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para cursos a distância também teve uma queda de 10,5%.
Esses números podem ser um reflexo da desconfiança dos alunos em relação à qualidade do ensino online. Com a falta de fiscalização e controle, muitos podem estar optando por cursos presenciais ou até mesmo adiando seus estudos até que as aulas presenciais sejam retomadas.
O papel do Conselho Estadual de Educação
Diante dessa preocupação, o Conselho Estadual de Educação do Amazonas tem um papel fundamental na fiscalização e regulamentação do ensino online. É responsabilidade do Conselho garantir que as instituições de ensino estejam seguindo as diretrizes est