Secretário defende o encerramento de licenciaturas a distância em universidade pública online de SP
O secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou em entrevista coletiva que é necessário encerrar as licenciaturas a distância oferecidas pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Segundo ele, a medida é necessária para garantir a qualidade do ensino e a valorização dos profissionais da educação.
A Univesp foi criada em 2012 com o objetivo de oferecer cursos de graduação e pós-graduação a distância, de forma gratuita, para atender a demanda por formação de professores no estado. Atualmente, a universidade conta com mais de 50 mil alunos matriculados em cursos de licenciatura em diversas áreas, como Pedagogia, Matemática, Letras e História.
No entanto, o secretário alega que a modalidade de ensino a distância não é adequada para a formação de professores, pois é necessário um contato mais próximo e presencial com os alunos para desenvolver habilidades essenciais para a docência, como a capacidade de comunicação e a interação em sala de aula.
Críticas à decisão do secretário
A declaração do secretário gerou polêmica e críticas por parte de professores e estudantes da Univesp. Eles argumentam que a universidade tem cumprido seu papel de formar professores qualificados e que a modalidade a distância é uma alternativa viável para aqueles que não têm acesso a cursos presenciais.
Além disso, a Univesp tem obtido bons resultados em avaliações externas, como o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia o desempenho dos alunos em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas ao longo do curso.
Outro ponto levantado pelos críticos é que a medida pode prejudicar a formação de professores em regiões mais afastadas e com menor oferta de cursos presenciais. A Univesp tem polos de apoio presencial em mais de 300 municípios do estado, o que facilita o acesso à educação superior para essas regiões.
Qualidade do ensino a distância
Apesar das críticas, o secretário defende que a qualidade do ensino a distância ainda é um desafio a ser superado. Ele ressalta que, apesar dos avanços tecnológicos, a modalidade ainda não é capaz de oferecer a mesma qualidade de ensino que o presencial.
De fato, a educação a distância ainda enfrenta desafios, como a falta de infraestrutura adequada e a necessidade de uma maior interação entre alunos e professores. No entanto, é importante ressaltar que a qualidade do ensino não está diretamente ligada à modalidade, mas sim à forma como o curso é estruturado e conduzido.
Existem diversos exemplos de cursos a distância que são reconhecidos pela qualidade de ensino, como é o caso da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferece cursos de graduação e pós-graduação a distância em parceria com instituições públicas de ensino superior.
Valorização dos profissionais da educação
Outro argumento utilizado pelo secretário é que a formação de professores a distância não valoriza devidamente os profissionais da educação. Ele defende que é necessário um contato mais próximo e presencial com os alunos para desenvolver habilidades essenciais para a docência.
No entanto, é importante ressaltar que a valorização dos profissionais da educação não está diretamente ligada à modalidade de ensino, mas sim às políticas públicas e investimentos na área. A formação a distância pode ser uma alternativa para ampliar o acesso à educação superior e, consequentemente, valorizar os profissionais da educação que não têm condições de frequentar cursos presenciais.
Conclusão
A declaração do secretário de Educação de São