Secretário afirma necessidade de encerrar licenciaturas a distância em universidade pública online de SP – Terra

Secretário defende encerramento de licenciaturas a distância em universidade pública online de SP

O secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (10) a necessidade de encerrar as licenciaturas a distância oferecidas pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Segundo ele, a medida é necessária para garantir a qualidade do ensino e a valorização dos profissionais da educação.

A Univesp foi criada em 2012 com o objetivo de oferecer cursos de graduação e pós-graduação a distância, de forma gratuita, para atender a demanda por formação de professores no estado. No entanto, segundo o secretário, a modalidade a distância não é adequada para a formação de professores, que precisam de uma formação mais presencial e prática.

Problemas na formação de professores a distância

De acordo com Rossieli Soares, a formação de professores a distância apresenta diversos problemas, como a falta de contato com a realidade das escolas e a ausência de práticas pedagógicas. Além disso, ele ressalta que a formação de professores deve ser mais do que apenas a transmissão de conteúdos teóricos, é preciso desenvolver habilidades e competências essenciais para a atuação em sala de aula.

Outro ponto destacado pelo secretário é a falta de interação entre os alunos e os professores, que é fundamental para o processo de aprendizagem. A formação a distância, por sua natureza, não permite essa troca de experiências e debates que são tão importantes para a formação de professores.

Impacto na qualidade do ensino

A oferta de licenciaturas a distância pela Univesp também tem gerado preocupação em relação à qualidade do ensino. Segundo o secretário, a formação de professores é um fator determinante para a qualidade da educação, e a modalidade a distância não é capaz de garantir uma formação adequada e completa.

Além disso, a formação de professores a distância pode gerar uma desvalorização da profissão, já que os profissionais formados dessa maneira podem não estar preparados para enfrentar os desafios da sala de aula e, consequentemente, não terem um bom desempenho. Isso pode refletir diretamente na qualidade do ensino oferecido aos alunos.

Posicionamento da Univesp

Em nota, a Univesp afirmou que a decisão de encerrar as licenciaturas a distância é unilateral e que a universidade não foi consultada sobre o assunto. A instituição também ressaltou que os cursos a distância são regulamentados pelo Ministério da Educação e que a Univesp cumpre todas as exigências e critérios de qualidade estabelecidos.

Ainda segundo a Univesp, a modalidade a distância é uma alternativa para ampliar o acesso à educação superior, principalmente em regiões mais distantes dos grandes centros. A universidade também destaca que os cursos são acompanhados por tutores e que os alunos têm acesso a atividades práticas e estágios presenciais.

Discussão sobre a formação de professores

A decisão do secretário de encerrar as licenciaturas a distância na Univesp gerou uma discussão sobre a formação de professores no país. Enquanto alguns defendem que a modalidade a distância é uma forma de ampliar o acesso à educação superior, outros acreditam que a formação presencial é fundamental para garantir a qualidade do ensino.

No entanto, é importante ressaltar que a formação de professores deve ser uma preocupação constante, independentemente da modalidade. É preciso investir em políticas públicas que garantam uma formação adequada e valorizem a profissão, para que os professores estejam preparados para enfrentar os desafios da sala de aula e oferecer um ensino de qualidade aos alunos.

Conclusão

A decisão do secretário de encerrar as licenciaturas a distância na Univesp é polêmica e tem gerado debates sobre a formação de professores no país. Enquanto alguns defendem a modalidade a

Alex Barbosa

Especializado em Design pelo Istituto Europeo di Design (Espanha), formado em Marketing Digital pelo Instituto Infnet e em Programação Neurolinguística pelo INAp. Trabalhou por anos em grupos empresarias como Magazine Luiza, Merck e Knoll Basf Pharma. Além de empreendedor, é um entusiasta por inovação.

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